A Codificação Espírita é um conjunto de obras escritas por Allan Kardec na França, no século XIX. A Codificação é composta por cinco livros, que foram escritos e publicados em um intervalo de onze anos, entre 1857 e 1868: O Livro dos Espíritos, 1857; O Livro dos Médiuns, 1861; O Evangelho Segundo o Espiritismo, 1864; O Céu e o Inferno, 1865; A Gênese, 1868 e também as 12 edições da Revista Espírita.
Dos cinco livros fundamentais que compõem a Codificação Espírita, este foi o primeiro, reunindo os ensinamentos dos Espíritos Superiores através de médiuns de várias partes do mundo. Publicado na França em 1857, é o marco inicial de uma Doutrina que provocou uma profunda repercussão no pensamento e na visão de vida de considerável parcela da humanidade. Estruturado em quatro partes e contendo 1.019 perguntas formuladas pelo Codificador, aborda os ensinamentos espíritas de uma forma lógica e racional, sob os aspectos científico, filosófico e religioso. Independentemente de crença ou convicção religiosa, a leitura de “O Livro dos Espíritos” será de imenso valor para todos, porque trata de Deus, da imortalidade da alma, da natureza dos Espíritos, de suas relações com os homens, das leis morais, da vida presente, da vida futura e do porvir da humanidade, assuntos de interesse geral e de grande atualidade.
Publicado pela primeira vez em 1861, O Livro dos Médiuns reúne “o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo”. Apresenta ainda, na parte final, precioso vocabulário básico espírita. De leitura e consulta indispensável para os espíritas, será sempre uma preciosa fonte de conhecimento também para qualquer pessoa indagadora e atenta ao fenômeno mediúnico, que se manifesta crescentemente no mundo inteiro, dentro ou fora das atividades espíritas. Sendo os homens partes integrantes do intercâmbio entre os dois planos da vida, o material e o espiritual, o melhor é que conheçamos, e bem, os mecanismos desse relacionamento. “O Livro dos Médiuns” é o manual mais seguro para todos os que se dedicam às atividades de comunicação com o Mundo Espiritual.
Outra obra que constitui o corpo doutrinário do Espiritismo, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, é o ensino moral do Cristo Jesus para os cristãos de qualquer crença, desenvolvido pelos Espíritos de Luz em comunicações mediúnicas recolhidas, organizadas, comentadas e trazidas a público pelo Codificador Allan Kardec em 1864. Se o leitor é cristão, leia com aplicação o ensino moral do Mestre Jesus para a humanidade sofredora e dê-se conta de conteúdos que talvez nunca antes tenha percebido, ou compreendido plenamente. Se não é cristão, mas um espírito indagador, leia com respeito a orientação desse Espírito divino, dada há dois mil anos e sempre atual, em seu caráter educativo, motivador e consolador.
Publicado pela primeira vez em 1865, seu principal escopo é explicar a Justiça de Deus à luz da Doutrina Espírita, demonstrando a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no Mundo Espiritual, como consequência de seus próprios atos. Divide-se em duas partes. A primeira estabelece um exame comparado das doutrinas religiosas sobre a vida após a morte. Mostra fatos como a morte de crianças, seres nascidos com deformações, acidentes coletivos e uma gama de problemas que só a imortalidade da alma e a reencarnação explicam satisfatoriamente. Kardec procura elucidar temas como: anjos, céu, demônios, inferno, penas eternas, purgatório, temor da morte, a proibição mosaica sobre a evocação dos mortos, etc. Apresenta, também, a explicação espírita contrária à Doutrina das penas eternas. A segunda parte, resultante de um trabalho prático, reúne exemplos acerca da situação da alma durante e após a desencarnação. São depoimentos de criminosos arrependidos, espíritos endurecidos, espíritos felizes, medianos, sofredores, suicidas e em expiação terrestre.
Este é um livro que, conhecido e estudado, proporciona uma oportunidade excepcional de imersão em grandes temas de interesse universal, abordados de forma lógica, racional e reveladora. A obra divide-se em três partes: na primeira parte analisa a origem do planeta Terra, de forma coerente, fugindo às interpretações misteriosas e mágicas sobre a criação do mundo; em sua segunda parte aborda a questão dos milagres, explicando a natureza dos fluidos e os fatos extraordinários contidos no Evangelho; por fim, terceira parte enfoca as predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova, que marcará um novo tempo no Mundo com a prática da justiça, da paz e da fraternidade. Os assuntos apresentados nos dezoito capítulos desta obra publicada em 1868 têm como base a imutabilidade das grandiosas Leis Divinas.
Obra fundamental para quem estuda a Doutrina Espírita. A Revista Espírita foi uma publicação mensal que circulou entre 1958 e 1969, resultado do trabalho incansável de Allan Kardec. Reunidos em livro, os textos trazem relatos valiosos das manifestações materiais ou inteligentes dos Espíritos, aparições e evocações, bem como todas as notícias relativas ao Espiritismo. Entre os temas abordados na Revista Espírita estão o ensino dos Espíritos sobre as coisas do mundo visível e do invisível; sobre as ciências, a moral, a imortalidade da alma, a natureza do homem e o seu futuro. Trata também da história do Espiritismo na antiguidade; suas relações com o magnetismo e com o sonambulismo; a explicação das lendas e das crenças populares, da mitologia de todos os povos, etc.